segunda-feira, setembro 21, 2009

Rima pobre



Continua o sonho... mesmo que amanheça pensando, não irei telefonar, nem gritar. Grudar feito imã de geladeira, então? Nem pensar!



imagem: iLOVE

Sinais



Quando li o letreiro achei que era um sinal seu, mas as consequências foram e estão sendo tão estúpidas que acho que isso é coisa do diabo.


imagem: iLOVE

Liberdade



Voar pela força do vento, pela liberdade que minhas asas permitem.
Te encontrar em países desconhecidos nas estações quentes.
Dormir, largada numa falésia qualquer sem medo do escuro.


imagem: CacaoCocoa

sexta-feira, setembro 18, 2009

Eu possa me dizer do amor



De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Soneto de Fidelidade - Vinícius de Moraes
imagem: Violet Voice

segunda-feira, setembro 14, 2009

Travada



Sinto-me travada. Minha inspiração não surge porque vem do sentimento, de sensações. No momento não consigo sentir nada, só um profundo vazio. Passará como passou em outros momentos. É dolorido não conseguir transmitir nada a uma folha de papel. É estranho não sentir.


imagem: Restart My Heart

sexta-feira, setembro 11, 2009

Casa na árvore



Um dia construirei uma casa na árvore, onde possa me esconder, refletir e ler histórias para as minhas crianças. Continuarei criança, com 40, 50, 60, 70 ou até quando a vida me permitir. Viverei sem medo de alturas, sem medo dos riscos e quando o esqueleto gasto não responder aos movimentos do cérebro, um elevador hidráulico me colocará no alto, para continuar sentindo o vento no rosto olhando a vida de cima como uma vencedora.


imagem: FFFFOUND!

quarta-feira, setembro 09, 2009

Prisão


Sou prisioneira do amor que habita em mim.


imagem: CacaoCocoa

terça-feira, setembro 08, 2009

Afogamento



Me afogaria em ti...


imagem: CacaoCocoa

Tempestades



De que me adianta esconder das tempestades se elas me encontram? De que vale tanto cuidado, tanto sacrifício? O tempo passa e o esconderijo é cada vez mais apertado para que eu me sinta protegida. De nada adianta...


imagem: CacaoCocoa

quarta-feira, setembro 02, 2009

A Casa Amarela III


Charlotte sempre foi uma menina diferente, quando era pequena chegava atrasada nas aulas porque não resistia a dar mergulhos no rio no caminho pra escola e foi sempre assim enquanto foi crescendo, passava horas nadando no rio da localidade. Charlotte tinha uma personalidade sonhadora e criativa e se permitia viver isso. Enquanto nadava tinha visões e daí surgiam quadros que costumava pintar e vender na Vila. O rio lhe dava inspiração e a acalmava, podia se afastar de tudo, da confusão da convivência em uma família numerosa às fofocas que surgiam e a aborreciam porque todos se conheciam na Vila. Charlotte odiava a vida medíocre das mulheres da Vila onde vivia, que não faziam nada além de cuidar dos maridos e dos filhos e que tomavam conta da vida dos outros. Mulheres medíocres, ela sempre pensava e dizia pra mãe que a mandava se calar porque não se falava assim dos mais velhos. Charlotte foi crescendo e sempre que era obrigada e cumprimentar uma daquelas mulheres num "bom dia" formal, fechava a cara e balbuciava: mulher medíocre... e corria pro rio pra esquecer o mau humor que o encontro sempre lhe causava.
Foi nesse rio que conheceu o avô de Teresa, Filipe, paixão fulminante de ambos que levou ao casamento em seis meses. Um dia, Filipe sumiu e nunca mais se ouviu falar dele. Charlotte chorou tudo o que tinha pra chorar em uma semanda e depois disso nunca mais derramou uma lágrima.
Enquanto servia o café da manhã pra Teresa, Charlotte se lembrava do marido, das mulheres medíocres pelas quais sempre sentiu repulsa, da gravidez de Flora, mãe de Teresa, da felicidade pelo seu nascimento, do amor de seu marido, do tempo que passaram juntos e foi quando de repente virou-se pra Teresa, dizendo: Vamos viajar! Hein? disse Teresa com a maior cara de espanto. Ainda não sei pra onde vamos, mas decidi que vamos viajar.

continua...



terça-feira, setembro 01, 2009

Uno



Queria falar de afeto, da tua boca na minha, do meu cabelo solto no teu peito e meu ouvido escutando o compasso do teu coração.
Queria falar de nós, da união de dois que diminui pra um, numa matemática que só quem ama conhece.


imagem: Le Love
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